Krak dos Cavaleiros

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

LAO TSÉ E O TAO TE CHING



Pouco se sabe com certeza sobre Lao Tsé. Há uma obra chinesa muito antiga chamada Shi Chi (Apontamentos Históricos) que diz que Lao Tsé, cujo nome real era Erh Dan Li, teria nascido no Sul da China, numa região chamada Ch'u, em torno do ano 604 a.C. Mas também há os que afirmam que o Tao Te Ching é apenas uma compilação de versos de vários pensadores de escolas de pensamento do 3º século a.C., que genericamente usavam o título de Lao Tsé.
Segundo as tradições, Lao Tsé foi contemporâneo de Kung Fu Tsé (Confúcio), de quem foi discípulo. Tornou-se o guardião dos arquivos do Tribunal Imperial, e atraiu muitos seguidores com sua sabedoria, embora sempre haja se recusado a fixar suas idéias por escrito, por temer que as palavras pudessem ser convertidas em dogma formal. Lao Tsé desejava que a sua filosofia permanecesse apenas como um modo natural de vida estabelecido sob uma base de bondade, serenidade e respeito. Assim, ele não estabeleceu nenhum código rígido de comportamento, preferindo ensinar que a conduta de uma pessoa deve ser governada pelo instinto e pela consciência. Ensinava que nenhuma tarefa deveria ser apressada, que tudo deve acontecer no seu devido tempo. Acreditava que a simplicidade era a chave para a verdade e a liberdade, e assim encorajava seus seguidores para observarem mais a natureza do que aos ensinamentos de mestres.
Aos 80 anos, desiludido com as pessoas da sua terra - que estavam pouco dispostas a seguirem o caminho da bondade natural - se dirigiu para o Tibet, na fronteira ocidental de China, quando foi reconhecido por um guarda, que lhe lembrou que possivelmente todos os seus ensinamentos logo cairiam no esquecimento se alguma coisa não ficasse gravada, e só permitiu que ele deixasse a China após escrever seus ensinamentos básicos, para que pelo menos parte de seu conhecimento pudesse ser preservada para a posteridade. Atendendo ao pedido do guarda, de uma só vez Lao Tsé redigiu (reza a lenda que escreveu numa grande pedra) a coletânea dos 81 versos que se tornariam a síntese de sua sabedoria (e do pensamento Monista Chinês), que entrou para a história sob o nome de Tao Te Ching.
Há muitos sentidos para o significado do nome Tao Te Ching. Um deles o define como "As Leis da Virtude e seus caminhos". Suas palavras isoladas significam: Tao (Infinito, a Essência, a Consciência Invisível, o Insondável, o como, de como as coisas acontecem.); Te (que significa força, virtude, mas de uma forma não ligada aos nossos valores ocidentais); Ching (livro, escrito, manuscrito). Literalmente, portanto, significa "O livro de como as coisas funcionam", e na realidade é este o seu objetivo, mostrar como as coisas no universo funcionam segundo o Tao. Também significa "O Livro que Revela Deus" e "O livro que leva à Divindade". (mais sobre o termo)
Coerentemente com a sua maneira, Lao Tsé não o escreveu por princípios doutrinários, e sim aforismos (versos), de forma tal que pudessem ser adaptados por qualquer pessoa ante diversas situações. Algo aplicável a tudo e a todos; um texto de natureza aberta que não possibilitasse uma forma textual capaz de ser desvirtuado intencionalmente, ou simplesmente ser deformado pelas traduções; uma maneira de aplicação prática de se viver em harmonia, dentro do equilíbrio das polaridades da manifestação do Tao e simbolizada pelo Tei Gi (a figura abaixo, no centro):

O Taoísmo baseia-se num dos Princípios Herméticos - o Principio da Polaridade - que diz ser a natureza bipolar, pois tudo nela tem um oposto. Na essência o universo conhecido é composto de componentes opostos; por vezes físicos (claro/escuro), morais (bom/ruim), biológicos (masculino/feminino) etc. Tudo no universo pode ser classificado em duas polaridades: Yang (pronuncia-se "yong") ou Yin.
Uma indagação comumente feita diz respeito à diferença que existe entre o Taoísmo e o Confucionismo. O Taoísmo tem base metafísica e com aplicação prática. Confúcio foi mais um legislador, cujos ensinamentos ser direcionam mais para o aspecto político da vida.
Aquele que conhece o outro é sábio. Aquele que conhece a si mesmo é iluminado. Aquele que vence o outro é forte. Aquele que vence a si mesmo é poderoso. Aquele que conhece a alegria é rico. Aquele que conserva o seu caminho tem vontade.
Seja humilde, e permanecerás íntegro.
Curva-te, e permanecerás ereto.
Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gasta-te, e permanecerás novo.
O sábio não se exibe, e por isso brilha.
Ele não se faz notar, e por isso é notado.
Ele não se elogia, e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo,
ninguém no mundo pode competir com ele.
(Lao Tsé - Tao Te Ching - verso 22)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

STONEHENGE

Um Monumento da Idade do Bronze

Um dos mais intrigantes sítios arqueológicos, localizado em Amesbury,
entre Londres e Bristol, é uma das principais atrações históricas e
esotéricas da Inglaterra, pedras gigantes construídas há mais de 4
mil anos com megalitos de 5 metros de altura e 45 toneladas,
colocadas em pé e dispostas na forma de um círculo perfeito numa
época privada de computadores. Na Idade Média, a explicação era pura
magia. O monumento era tido como uma fonte de poder mágico, utilizado
pelo mago Merlin e por toda corte do Rei Arthur para concentrar
energias e derrotar os vizinhos irlandeses. Séculos depois o
arquiteto Inigo Jones, o primeiro representante da arquitetura
renascentista inglesa, difundiu a idéia de que o sítio era um templo
romano. Já no século XIX, os Druidas, os sacerdotes dos antigos
Celtas, mereceram a autoria do monumento, o que explica os festejos
realizados até hoje nos dias de solstício por seus herdeiros
espirituais.

Hoje parece consenso, que Stonehenge seja uma obra de homens pré-
históricos, que começaram a construí-lo na Era do Bronze, há 5 mil
anos. Nesta época, calculam os arqueólogos, iniciou-se a construção
de canais que circundam o altar de pedra. As rochas teriam sido
trazidas para o local e colocadas em pé bem mais tarde, por volta do
ano 2500 a.C., supõe-se que a distância percorrida pelos homens para
arrastar as pedras até o local do sítio, tenha sido de 300
quilômetros. O método utilizado, ao que tudo indica, foi usar troncos
de árvores como base para rolar as enormes pedras.

No dia de solstício de verão, no mês de junho, sempre promete ser
quente, principalmente pela polícia. Desde 1985, quando o afluxo
exagerado de bruxos e esotéricos de carteirinha deixou a polícia
baratinada e a festa acabou em uma batalha campal, a visitação tornou-
se restrita a uma área de 5 quilômetros ao redor do monumento durante
os 4 dias de comemoração do solstício. Uma nova maneira de preservar
stonehenge já que é visitado por cerca de 700 mil turistas anualmente
e considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

O novo projeto de visitação, nos planos do historiador Jocelyn
Stevens, é mudar o localização do centro de visitantes, aumentar o
percurso a ser percorrido a pé pelos turistas e voltar a permitir o
acesso (controlado e mais seguro) ao centro do altar. Outra mudança,
e um dos principais problemas, é desviar a rota de tráfego pesado de
veículos nas rodovias próximas ao sítio.

Computador Neolítico

As poucas certezas sobre Stonehenge são:

O sol nasce na "avenida" no dia de solstício de verão e a sombra da
Pedra inclinada toca o altar central. A outra é: enquanto o sol faz
sua viagem pelo céu, o sítio atua como um calendário, marcando as
estações do ano a partir da posição do Sol em relação às quatro
Estações de Pedra. O resto são especulações.

As Especulações

O astrônomo Fred Hoyle demonstra a sua teoria de que as pedras e os
buracos de Stonehenge foram colocados onde estão para marcar a
posição de Sol e da Lua e prever eclipses.

Outra versão aponta o local como um ponto de distribuição de energia
para o planeta. Uma linha de energia a partir do Altar de Pedra
conectaria o sítio com a pirâmide de Queóps no Egito. As propostas
são criativas, mas nenhuma passou pelo crivo da Ciência.

CIÊNCIA DOS DRUIDAS


CIÊNCIA DOS DRUIDAS

" O HOMEM É MODESTO NAS PALAVRAS E EXCEPCIONAL NOS ATOS ".
CONFÚCIO

Embora os Druidas somente neste milênio haja se apresentado
publicamente, contudo a atuação deles é muitíssimo mais antigo do que
se pensa. Antes de a Atlântida ser tragada pelo oceano muito das
pessoas que lá viviam migraram, e que uma das correntes migratórias
foi habitar no oeste da Europa. Com certeza os desse grupo foram os
Druidas, mas que por milênios viveram sem desenvolverem uma
civilização, mesmo assim conservando a ciência trazida do Continente
submerso.

Os Druidas tinham grandes conhecimentos astronômicos como se pode ver
pelos círculos de pedra. Aquelas construções tinham dupla finalidade,
a de servir como centros de força telúricas e siderais para a
realização dos rituais e, ao mesmo tempo, também, funcionavam como
observatórios, especialmente dedicados à marcação das efemérides
anuais, ou seja, eram calendários por meio do que o povo pudesse
evidenciar a posição do Sol e de algumas estrelas em relação com
determinados monumentos e assim pudesse saber das datas festivas, do
início dos períodos próprios para início do plantio, etc. Contudo,
este se constituía um uso secundário e popular, pois na realidade
aquelas construções diziam respeito à utilização das forças telúricas
e siderais, e em especial aquelas forças ligadas as ciências dos
cristais, trazidas para a Europa pelos emigrantes da Atlântida.

Os Druidas foram considerados magos, feiticeiros, especialmente em
decorrência dos conhecimentos que eles tinham de medicina, do uso das
plantas medicinais, do controle do clima, etc. Eram capaz de provocar
manifestações telúricas e siderais, provocar ou fazer cessar chuvas,
isto, é, controlar o ritmo das chuvas, de desviar furacões e
ciclones, controlar as marés, atenuar os tremores de terra e as
erupções vulcânicas, alem de outros fenômenos climatológicos. Isto
eles dominavam bem e procediam em parte com o uso de cristais e em
parte pela ação da mente, evidentemente com um poder muito ampliado
graças aos rituais procedidos em lugares de força, como Stonehenge e
outros círculos de pedra.

Evidentemente, os Druidas preocupavam-se mais com o lado pratico da
vida, com a fertilidade dos campos e com o desenvolvimento espiritual
do que propriamente com o desenvolvimento técnico.

Teologicamente o druidismo é bastante similar a Wicca; desde que
visava essencialmente uma forma de relação com a Mãe Natureza,
incentivando a dignidade, a liberdade, e a responsabilidade da
humanidade, e coisas assim. Os Druidas celebram suas cerimônias
principais nas mesmas datas em que os celtas efetivavam seus
festivais. Contudo os rituais são diferentes em muitos detalhes, mas
visam o mesmo objetivo que muitos outros rituais classificados pelas
Igrejas Cristãs derivadas do Ortodoxismo, como ritos pagãos. Na
realidade visavam estabelecer um elo de ligação sagrado entre o homem
e a natureza, criar um espaço sagrado, visando à invocação da
Deidade, celebrando cerimônia não em templos, mas em contacto direto
com a natureza, criando e intensificando assim um elo entre a Deusa
Mãe e a comunidade.

Apesar de ter um contato muito forte com a Mãe natureza, os druidas
acreditam em Deus como força criadora, ou seja, não existe a mesma
dualidade que existe na wicca.

A ciência dos Druidas encerrava muitos mistérios e durante séculos
tem se comentado a respeito de Avalon, uma maravilhosa "ilha
encantada", lugar de grandes mistérios.

Não se pode dizer que Stonehenge, Glastonbury e outros sítios
megalíticos hajam sido construídos pelos Druidas deste milênio, eles
apenas usaram o que os seus antepassados construíram. A datação pelo
carbono-14 mostra que aquelas construções são anteriores à fase
clássica do Druidismo. Isto é verdade, pois foram construídos logo
depois da chegada dos atlantes àquelas plagas. Na realidade foram
construídos, e ainda existem centenas de círculos de pedra
especialmente na Bretanha e na Escócia.

Embora os Celtas e Druidas não fizessem uso intenso da linguagem
escrita, especialmente para transmitir seus conhecimentos, mesmo
assim eles tinham uma escrita expressa sob a forma de um alfabeto
conhecido por alfabeto rúnico. As runas são símbolos gráficos com os
quais podem ser gravados sons, palavras, mas o principal uso dos
desenhos, as runas, é de natureza mágico. Bem mais que o alfabeto
hebraico as runas são símbolos evocativos de poderes e representam
para o druidismo o que o alfabeto hebraico representa para a Cabala.

As runas têm o poder de canalizar as forças mentais, de projetar a
mente da pessoa a um nível ampliado de consciência e daí a captação
de conhecimentos ocultos, de conhecimentos velados, de situações
afastadas no espaço e no tempo.

As propriedades mágicas das runas eram usadas Celtas e Druidas como
forma de saber o passado e o futuro. Essa arte ainda hoje é muito
praticada, mas tenhamos em mente que a quase totalidade daqueles que
se anunciam como adivinhos rúnicos na verdade são enganadores, que
vivem comercializando uma arte sagrada. Trata-se de um sistema
milenar cujos conhecimentos são secretos, cujo domínio é reservado
somente aos iniciados.

Na Inglaterra e países nórdicos existem diversas organizações
druídicas sérias, mas somente uma delas é devidamente credenciada
para conferir graus iniciáticos.

ARQUEOASTRONOMIA

Uma série de construções megalíticas encontradas na Europa
testemunham que os nossos antepassados tinham algum conhecimento de
fenômenos astronômicos. Pesquisas iniciadas em 1890, nos monumentos
egípcios e nas edificações megalíticas em Inglaterra, têm revelado
que os habitantes (mesmo pré-históricos) de algumas regiões possuíam
um notável conhecimento de alguns fenômenos astronômicos.

Aquilo que hoje se chama arqueoastronomia, irradiou a partir de
França e Inglaterra, com a descoberta de monumentos antigos ou
simples locais de cultos em que havia alinhamentos com orientações de
natureza astronômica, indicando alguns, provavelmente, a posição de
certos astros brilhantes na esfera celeste, bem como as posições do
nascimento e ocaso do Sol e da Lua em ocasiões específicas,
particularmente nos equinócios e nos solstícios.

No continente europeu, as construções megalíticas mais divulgadas são
as de Stonehenge (Inglaterra), local em que por volta do ano 3000
a.C., terá sido criado o primeiro local de culto, o qual foi
desenvolvido nos cerca de 1500 anos posteriores.

Em Portugal, o maior megalítico até agora conhecido situa-se na
herdade dos Almendres e é o mais importante elemento do notável
conjunto de construções megalíticas da região de Évora. Admitindo-se
que a sua edificação ocorreu na transição do século IV para o século
III a.C., o que coincide com uma das fases de evolução de Stonehenge,
é razoável aceitar que os respectivos povos tivessem alguma relação,
pelo menos cultural. (Máximo Ferreira, in revista Super Interessante.
Adaptado).

OS DRUÍDAS

"QUANDO ESTUDAMOS SOBRE OS DRUÍDAS, TEMOS DE ESQUECER NOSSA RAZÃO E
EMBARCAR NUM MUNDO DIFERENTE, MÁGICO, FANTÁSTICO, DE UM POVO INCRÍVEL
E MISTERIOSO".
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Quem eram os druidas? – O que melhor se pode dizer é que os druidas
foram membros de uma elevada estirpe de Celtas que ocupavam o lugar
de juizes, doutores, sacerdotes, adivinhos, magos, médicos,
astrônomos, etc., mas que evidentemente não constituíam um grupo
étnico dentro do mundo Celta. Eram grandes conhecedores da ciência
dos cristais, radiestesia, plantas, etc.

As mulheres célticas gozavam de mais liberdades e direitos do que as
de outras culturas contemporâneas, incluindo-se, até mesmo, o direito
de participarem de batalhas, e de solicitarem divórcio. Neste
contexto havia mulheres druidas. Na cultura druídica, portanto, a
mulher tinha um papel preponderante, pois era visa como a imagem da
Deusa.

No contexto religioso os druidas eram sacerdotes e sacerdotisas
dedicados ao aspecto feminino da divindade, a Deusa Mãe. Embora
cultuassem a Deusa Mãe mesmo assim admitiam que todos os aspectos
expressos a respeito da Divindade eram ainda percepções imperfeitas
do Divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo nada mais eram do
que aspectos de um só Ser Supremo - qualquer que fosse a sua
denominação visto sob a ótica humana.

A palavra druida é de origem céltica, e segundo o historiador romano
Plínio - o velho, ela está relacionada com o carvalho, que na
realidade era uma árvore sagrada para eles.

Desde que o povo celta não usava a escrita para transmitir seus
conhecimentos, após o domínio do cristianismo perdeu-se muito das
informações históricas daquela maravilhosa civilização e
especialmente das que a precederam deste o fim da Atlântida, exceto
aquilo que permaneceu zelosamente guardado nos registros de algumas
Ordens Iniciáticas, especialmente a Ordem Céltica e a Ordem Druídica.
Por isto muito da historia dos Druidas até hoje é um mistério para os
historiadores oficiais; sabem que realmente que existiu entre o povo
Celta, mas que não nasceram nesta civilização. Sendo assim impõe-se a
indagação: de onde vieram os Druidas? Seriam Deuses? Ou Bruxos? O
pouco que popularmente é dito a respeito dos druidas tem como base
diversas lendas, como a do Rei Arthur, onde Merlin era um druida.

Diversos estudiosos tem argumentado que os Druidas originariamente
pertenceram à pré-céltica (não Ariana) população da Bretanha e da
Escócia.

Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, a cultura
druídica foi alvo de severa e injusta repressão, que fez com que
fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito dela embora
que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem
que os druidas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus
princípios.

Os Druidas dominavam quase todas as áreas do conhecimento humano,
cultivaram a musica, a poesia, tinham notáveis conhecimentos de
medicina natural, de fitoterapia, de agricultura e astronomia, e
possuíam um avançado sistema filosófico muito semelhante ao dos
neoplatônicos. O povo celta tinha uma tradição eminentemente oral,
não faziam uso da escrita para transmitir seus conhecimentos
fundamentais, embora possuíssem uma forma de escrita mágica conhecida
pelo nome de escrita rúnica. Mesmo não usando a escrita para gravar
seus conhecimentos eles possuíram suficiente sabedoria a ponto de
influenciarem outros povos e assim marcar profundamente a literatura
da época, criando uma espécie de aura de mistério e misticismo.

A Igreja Católica, inspirada pela Conjura, demonstrou grande ódio aos
Druidas que, tal qual outras culturas, foram consideradas pagãs,
bruxos terríveis, magos negros que faziam sacrifícios humanos e
outras coisas cruéis. Na realidade nada disso corresponde à verdade,
pois quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito
bem recebidos, até porque a tradição céltica conta que José de
Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo
Graal (Taça usada por Jesus na Última Ceia).

Em torno disto existem muitos relatos, contos, lendas e mitos,
especialmente ligados à Corte do Rei Arthur e a Távola Redonda. São
inúmeros os contos, entre eles, aqueles relativos à Corte do Rei
Arthur, onde vivera Merlin, o mago, e a meia-irmã de Arthur, Morgana,
que eram Druidas.

A religião druídica na realidade era uma expressão mais mística da
religião céltica. Esta era mais mágica, por isso mais popular, com
formas de rituais mais rústicos, e muito mais ligado à natureza
ambiental, à terra que era tratada com carinho bem especial. A mais
popular das expressões religiosas dos celtas constituiu-se a Wicca,
que o Catolicismo fez empenho em descrever como um conjunto de
rituais satânicos.

São freqüentemente os festivais célticos. Para eles o ano era
dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um
havia um grande festival. Eram eles:

Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro e era associado à deusa Brigit,
a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;

Beltane - celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine,
Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa "brilho do
fogo". Este festival, muito bonito, era marcado por milhares de
fogueiras;

Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus lugh,
celebrado em 1 de agosto;

Samhain - a mais importante das quatro festas, celebrada em 1 de
novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite
anterior ao Hallowen.

Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe
enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas
de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e
acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento
através das reencarnações. Eles admitiam como certa a lei de causa e
efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que
quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo
próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse.
Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má,
segundo as obras praticadas. Mesmo sendo livre, o homem também
respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de
morte aplicada aos criminosos perversos. A Igreja Católica acusava os
Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma
sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas
vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de
fé ou por praticarem rituais diferentes… pura ironia!

A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos
espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios
seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de
passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem
igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também
conhecida atualmente como lei do carma.

Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos
constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das
florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais
de suas cerimônias.

Em vez de templos fechados eles reuniam-se nos círculos de pedra,
como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.

Enquanto em alguns dos festivais célticos os participantes o faziam
sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre
formavam os círculos mágicos visando a canalização de força.

Por não usarem roupas em alguns festivais e por desenvolverem ritos
ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo
por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente
acusados de praticarem rituais libidinosos, quando não realidade
tratava-se de ritos sagrados.

DRUIDAS

Os Druidas formavam uma classe social do povo celta, herdeira e
guardiã das tradições religiosas. Eram respeitados por seus
conhecimentos de astronomia, direito e medicina, por seus dons
proféticos, e como com juízes e líderes. Acreditavam na imortalidade
da alma, na perfectibilidade indefinida da alma humana, numa série de
existências sucessivas. Sua instituição, o druidismo foi um poderoso
fator de unidade do mundo celta e, por isso, combatida pelos romanos
durante as conquistas.

A filosofia dos druidas ou as leis das almas (lei das Tríades),
reconstituída em sua imponente grandeza, patenteou-se conforme as
aspirações das novas escolas espiritualistas. Como os atuais
espíritas, os druidas sustentavam a infinidade da vida, as
existências progressivas da alma, a pluralidade dos mundos habitados.

Destas doutrinas viris, do sentimento da imortalidade que delas
dimana, é que o povo celta tiravam o espírito de liberdade, de
igualdade social e heroísmo em presença da morte. Essa luz intensa
que inundou a terra das Gálias foi apagada há mais de vinte séculos
atrás pela força romana, expulsando os druidas, abriu praça a padres
cristãos. Depois, vieram os Bárbaros e fez-se a noite sobre o
pensamento, a noite da Idade Média, longa de dez séculos, tão
carregada que parecia impossível conseguissem virá-la os raios da
verdade. Na Idade Média, Joana D'Arc que já vivera, nos tempos idos,
como celta, trousse em si a intuição direta das coisas da alma, que
reclama uma revelação pessoal e não aceita a fé imposta; são
faculdades de vidente, peculiares a raça céltica.

Só pelo uso metódico dessas faculdades se pode explicar o
conhecimento aprofundado que os druidas tinham do mundo invisível e
de suas leis. A festa de 2 de Novembro, a comemoração dos mortos, é
de fundação gálica. A data 31 de Outubro era considerado como último
dia do ano e acreditavam que os mortos vinham visitá-los. Para
confundi-los, vestiam-se de fantasias e essa é a origem de Halloween.
Os gauleses praticavam a evocação dos defuntos nos recintos de pedra.
As druidisas e os bardos obtinham os oráculos.

A História nos ministra exemplo desses fatos. Refere que
Vercingétorix se entretinha, à sombra da rama dos bosques, com as
almas dos heróis, mortos pela pátria. Como Joana, outra
personificação da Gália, o jovem chefe ouvia vozes misteriosas. Um
episódio de sua vida prova que os gauleses evocavam os Espíritos nas
circunstâncias graves. A pequena distância da costa sinistra, em meio
de parcéis que a espuma dos escarcéus assinala, emerge uma ilha,
outrora recamada de bosques de carvalho, sob cujas frondes se erguiam
altares de pedra bruta. É Sein, antiga morada das druidisas; Sein,
santuário do mistério, que os pés do homem jamais conspurcavam.
Todavia, antes de levantar a Gália contra César e de, num supremo
esforço, tentar libertar a pátria do jugo estrangeiro, Vercingétorix
foi ter à ilha, munido de um salvo conduto do chefe dos druidas. Lá,
por entre o fuzilar dos relâmpagos, diz a legenda, apareceu-lhe o
gênio da Gália e lhe predisse a derrota e o martírio.

Certos fatos da vida do grande chefe gaulês não se explicam senão
mediante inspirações ocultas. Por exemplo, sua rendição a César,
próximo de Alésia. Qualquer outro Celta teria preferido matar-se, a
se submeter ao vencedor e a servir-lhe de troféu no triunfo.
Vercingétorix aceita a humilhação, a fim de reparar pesadas faltas,
que cometera em vidas antecedentes e que lhe foram reveladas.

Enfim, após lenta e dolorosa gestação, a fé dos antigos,
rejuvenescida e reconduzida, renasce em novos moldes, através do
Allan Kardec, inspirado pelos Espíritos superiores, restaurou,
dilatando-lhes o plano, as crenças dos antepassados. É
verdadeiramente o espírito religioso da Gália que revive nesse chefe
de escola. Nele, tudo lembra o druida: o nome que adotou,
absolutamente céltico, o monumento que, por sua vontade, lhe cobre os
despojos materiais, sua vida austera, seu caráter grave, mediativo,
sua obra inteira. Allan Kardec, preparado em existências precedentes
para a grande missão, não é senão a reencarnação de um Celta
eminente. Ele próprio o afirma na seguinte mensagem obtida em
1909: "Fui sacerdote, diretor das sacerdotisas da ilha de Sein e vivi
nas costas do mar furioso, na ponta extrema do que chamais a
Bretanha.".

Os druidas, possuidores de poderes místicas, hoje conhecido como
mediunidade, estudavam durante 20 anos todos os conhecimentos mais
adiantados da época e eram espíritos eminentemente elevados para o
tempo onde maioria eram bárbaros. Com isso, pode até arriscar a
opinar que muito dos Espíritos elevados de hoje, tenham estagiado
como druidas ou em alguma outra comunidade de característica
semelhante.

O PAPEL DOS DRUÍDAS

" O MESTRE SABE COMO EXERCER PROFUNDA INFLUÊNCIA SEM FORÇAR PARA QUE
AS COISAS ACONTEÇAM "
TAO TE KING – VERSO 58
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O Druidismo no período céltico, de uma certa maneira, pode ser
considerado uma casta dedicada às ciências antigas concomitantemente
também uma forma, por assim dizer, mais refinada de uma religião
básica; não que houvesse discrepâncias entre as formas seguidas pelo
povo em geral, a Wicca, e pelos Druidas. De uma certa forma podemos
dizer que a Wicca representava o lado exotérico; enquanto que o
Druidismo, o lado esotérico.

A Wicca era de uso comum, todos dela participavam, muitas pessoas a
praticavam a modos próprios e, assim sendo, havia muitas variações
não só no que dizem respeito aos rituais, mas também quanto às
finalidades. Os rituais tinham por objetivo a canalização de forças
da natureza, mas, como diz a expressão rosa-cruz "a lei sempre
cumpre", então o resultado deles podia ser de natureza negativa ou
positiva. Sendo forças elas direcionadas visando os mais diversos
fins, quer estes fossem negativos ou positivos, isto dependia do tipo
de ritual e das intenções das pessoas que deles participavam.

Pelo que dissemos, é fácil se entender o porquê dos padres da Igreja
Católica terem tido material suficiente para acusarem religião
céltica de pagãs e para colocar os sacerdotes celtas, especialmente
as sacerdotisas, nos bancos de réu da inquisição e cujos veredictos
sempre eram a condenação à morte na fogueira. Mas temos que entender,
se houveram desmandos nem por isto honestamente podia-se dizer que a
base da Wicca era negativa por ser ela também praticada de uma forma
negativa. Isto não queria dizer que ela fosse essencialmente
negativa. Tudo tem duas faces, há sempre o lado oposto das coisas;
portanto condenar sistematicamente a Wicca é o mesmo que se condenar
o catolicismo por existir o oposto da missa praticado pelos
satanistas e denominado de missa negra; assim como não se pode
condenar o espiritismo por existirem invocações satânicas em
determinados ritos. Isto tudo é uma decorrência da duplicidade, da
polaridade das coisas. Quanto mais liberal, quanto menos controle
centralizado existir sobre uma religião, tanto mais subdivisões ela
terá. Vão se formando múltiplas seitas com os mais diferentes
objetivos, muitas vezes diferindo uma das outras apenas por uma
singela interpretação de um versículo bíblico. Isto podemos ver na
atualidade no que diz respeito ao Protestantismo cujo número de
cultos e denominações específicas perfaz um elevado número. O mesmo
acontece com relação ao Espiritismo, todo dia surgem seitas espíritas
diferentes. Enquanto isso, o mesmo não acontece com tanto facilidade
no Catolicismo, ele quase não se divide, exatamente por existir uma
centralização em Roma, por haver um controle central sobre as
atividades pastorais, sobre as divulgações em matéria de fé, e sobre
a liturgia.

Como na civilização Céltica não havia qualquer tipo de um controle
central, conseqüentemente a Wicca era praticada livremente, não
existia uma direção centralizada, uma administração controladora;
podendo cada pessoa praticá-la a seu próprio modo, segundo sua
maneira pessoal e esta nem sempre tinha um objetivo positivo.

Os celtas conheciam bem os princípios ligados não apenas à energia
sutil, mas também à energia dos cristais, às correntes de energia
telúricas e a outras formas de energia. Assim sendo os rituais da
Wicca revestiam-se de manifestações de grandes poderes daí haver uma
ambigüidade perigosa nos ritos praticados, pois a energia é a mesma
quer seja direcionada negativa, quer positivamente como é o certo.

Na verdade na religião céltica, na Wicca, havia iniciações, contudo
não implicava que ela fosse praticada por qualquer uma pessoa
independentemente de ser, ou de não ser ela, uma iniciada.

Enquanto a religião popular, a Wicca, apresentava-se descentralizada
e praticada independentemente por inúmeros grupos, dava-se exatamente
o inverso no Druidismo. Este sistema era rigidamente baseado em
iniciações rigorosas, havia princípios rígidos a serem cumpridos, e o
conhecimento dos métodos de atuação sobre a natureza eram de uso
exclusivo dos sacerdotes, sacerdotisas e iniciados.

Os conhecimentos dos Druidas sobre as ciências antigas iam muitos
além daquilo que o celtismo praticava. Na realidade grande parte
daquilo que foi levado da Atlântica para a Europa ficou restrito a
ensinamentos transmitido de boca a ouvido e assim mesmo transmitido
apenas às pessoas devidamente preparadas. Havia um domínio sobre a
ciência antiga exercida por iniciados de grande responsabilidade. Um
rígido sistema iniciático fez com que os maiores ensinamentos
oriundos da Atlântida permanecessem velados. Contudo, com o
transcorrer dos séculos, alguns conhecimentos foram escapando e sobre
isto foi se construído uma forma popular de religião, que mais tarde
transformar-se-ia na Wicca.

Durante milênios os conhecimentos da Atlântida ficaram a disposição
apenas de grupos de iniciados que, já numa fase bem recente, vieram a
se unificar sob o nome de Druidas. Estes, portanto, foram os
guardiões dos conhecimentos arcanos deixados pelos atlantes milênios
antes.

Boa parte dos conhecimentos dos atlantes, mesmo que hajam sido
guardados por grupos responsáveis, alguns acabaram escapando do
controle e tornando-se do conhecimento de pessoas comuns, originando-
se desta forma algumas seitas célticas, e entre esta a Wicca.

O sistema iniciático que predominou nos descendentes europeus dos
atlantes fez com que os maiores ensinamentos permanecessem velados e
praticados neste milênio pelos Druidas. Somente como advento do
catolicismo romano foi que o druidismo aparentemente desapareceu,
pois na verdade ele sobreviveu e continuou atuante a nível secreto,
apenas oculto dos olhos dos profanos, sobre a égide de algumas poucas
ordens secretas autênticas druídicas. Um número bem reduzido delas
permaneceu atuante até nossos dias e que, por certo, com o advento da
Nova Era, se unirão numa única. Parte dos conhecimentos druídicos
foram guardados especialmente por serem de grande significação nesta
fase que está entrando a humanidade.

Também estão se apresentando publicamente ramos da Wicca e podemos
dizer que não serão apenas as que refletem o lado positivo, mas não
há pelo que se temer desde que atualmente existe aquele "filtro
espiritual" ligado à reencarnação no Terceiro Milênio, de que falamos
em temas anteriores, o que não permitirá que se exacerbem tantos
sentimentos negativos quanto os que o fizeram na Era de Peixes..

Os ensinamentos druídicos eram bem refinados, seus rituais também
eram praticados em lugares de força, nos círculos de pedra, e
conduzidos com grande solenidade. Poucos têm ciência do imenso
cabedal de conhecimentos que os druidas detinham e que estão voltando
em decorrência dos benefícios, quer materiais quer espirituais, que
virão beneficiar a humanidade da Nova Era.

Mesmo que agindo ocultamente o Druidismo nunca foi totalmente
eliminado. Ele permaneceu por todos esses séculos atuando
discretamente como a Sagrada Ordem Druídica. Como Ordem Iniciática
ela vem exercendo um importante papel no desenvolvimento da
humanidade atual, em especial no mundo ocidental. Com essa finalidade
mestres druidas encarnarem em vários lugares onde ocuparam funções
relevantes no seio das religiões e das doutrinas.

Como exemplo da influencia druídica no campo místico-religioso do
Ocidente podemos mencionar Kardecismo. A Doutrina Espírita codificada
por Kardec vem exercendo um significativo papel na espiritualização
do mundo ocidental. Na realidade o Espiritismo não pode ser
considerado uma doutrina altamente mística, com base metafísicas
elevadas, mas que mesmo assim é a religião que mais vem contribuindo
para o renascer do homem ocidental no campo das ciências esotéricas.
Isto decorre do fato de que se trata de uma doutrina que tem por
objetivo retirar um colossal número de pessoas da crença de que só
existe uma vida material levando-as à crença da pluralidade das
existências, ou seja ensinando a uma Doutrina reencarnacionista.
Poucos os que sabem ser esta a principal missão espiritual da
Doutrina Kardecista, mas essa é precisamente a missão básica do
Espiritismo, ou seja, apresentar uma doutrina relativamente simples
mas que tem valores positivos de grande significação.

Num plano mais elevado o Espiritismo visa levar as pessoas ao
conhecimento de que os espíritos reencarnam. Sem este conceito básico
o desenvolvimento da humanidade se tornaria muito lento. Desde que
uma pessoa tome conhecimento de que existem encarnações sucessivas
torna-se bem mais fácil o seu desenvolvimento espiritual. Eis, pois,
a missão essencial do Espiritismo.

O mundo ocidental praticamente influenciado pela Doutrina Judaico
Cristã em sua forma exotérica, acabou levando o povo a esquecer que
esta não é a única existência do espírito na terra. O autêntico
Cristianismo foi deformado pelas forças obscurantistas através de
vários concílios, a partir dos quais foi expurgado tudo o que
constava nos Evangelhos e que dissessem respeito à reencarnação.
Assim os padres da Igreja conseguiram esconder uma verdade milenar
dos olhos do povo, e naturalmente era necessário que esse conceito
viesse a ser reabilitado por ser ele de fundamental importância.

Ao Espiritismo coube resgatar esse conhecimento intencionalmente
expurgado pela força negativa no mundo ocidental. Tem como missão
revelar essa verdade, conduzir as pessoas à aceitação de uma verdade
fundamental para o progresso do ser humano. Trata-se, por certo, do
primeiro degrau da porta de entrada aos arcanos do conhecimento
místico, da escada mediante a qual o espírito ascende com mais
rapidez.

A proposta do Espiritismo não é de ensinar elevados conceitos
metafísicos, isto é reservado a outras doutrinas. O seu papel é o de
conduzir a pessoa no caminho do retorno à ascensão espiritual. O povo
ocidental metafisicamente ainda é muito elementar, a não ser os que
pertencem a certas organizações iniciáticas. De um modo gera, a massa
é totalmente ignorante quanto aos conceitos elevados a respeito da
espiritualidade, e o Espiritismo é o primeiro passo da senda. Como
tem que atender à uma parcela de conhecimentos místicos rudimentares
ele não poderia ser muito metafísico. É por isto que muitos o
consideram uma doutrina elementar, mas isto não o invalida, bem ao
contrário, o seu papel é extremamente significativo, pois se trata do
trazer um sistema diferente de doutrina que, ao mesmo tempo em que
atenda às limitações dos seus adeptos, os leve à aceitação dos
princípios da reencarnação. Não tendo conceitos minuciosos e elevados
é exatamente ele que atrai o maior número de pessoas possíveis.

Se o Espiritismo contivesse uma doutrina muito refinada, bem
metafísica por assim dizer, não seria fácil uma pessoa aceitá-lo e
assim poder trocar os conceitos uni-encarnacionistas e os dogmas
elementares ensinados pelas atuais religiões cristãs pelas idéias
relativas à transmigração do espírito. Não é fácil o afastar-se
diretamente do Cristianismo Ortodoxo e abraçar o Cristianismo
Gnóstico por exemplo, desde que existe um grande abismo separando os
conceitos uni-encarnacionistas dos pluri-encarnacionistas, e cabe,
exatamente ao espiritismo servir de elo intermediário, de funcionar
como uma ponte entre um sistema e outro, por onde as pessoas possam
chegar aos altos fins da existência.

O Espiritismo é sistema religioso simples mas de grande importância
no que tange a significação da solidariedade humana, da ajuda mutua,
em suma, da caridade acima de tudo.

O que não é comum às pessoas saberem é que no estabelecimento do
Espiritismo houve a mão do Druidismo. Na realidade o livro básico do
Espiritismo é intitulado de "O Livro dos Espíritos" que foi escrito
por um médico francês chamado de Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-
69), que usava como pseudônimo a palavra Allan Kardek. Léon dizia que
usava este nome por haver sido ele o seu nome numa encarnação
anterior em que fora um sacerdote druida. Na realidade isto é
correto, houve na verdade um sacerdote druida de altíssima estirpe na
civilização céltica, chamado Allan Kardek.

Não nos cabe agora descrever em detalhes quando e onde exatamente
Allan Kardek viveu, apenas nos basta saber que foi na Civilização
Céltica. Há registros de que ele por séculos viveu ensinando nos
templos druídicos.

O "Altíssimo Sumo Sacerdote Druida" disse que voltaria a encarnar
para cumprir com a missão de trazer ao mundo ocidental conhecimentos
que haviam sido ocultados por milênios. Kardek na realidade cumpriu
com aquilo que havia prometido, voltou para cumprir bem sua missão
semeando a semente de que existiam encarnações múltiplas, por meio do
Espiritismo.

Kardek, podemos dizer, foi o mais alto sacerdote entre todos os que
viveram em missão junto ao mundo Celta. Ele, tal como depois veio
novamente a fazer quando da encarnação de Hypolyte Léon, disse que
houvera sido numa encarnação anterior um Sumo Sacerdote da Atlântida
e ali tivera o de Kan. Kan participava da mais elevada hierarquia
entre os governantes da Atlântida. Legislador, sacerdote, cientista,
pensador e outras qualificações tornaram-no um dos mais eminentes
guias espirituais da Atlântida.

Kan foi um dos que previram o fim calamitoso daquele continente caso
não fosses tomadas medidas sérias contra determinadas condutas,
especialmente no mundo científico. Ele e inúmeros outros cientistas e
sacerdotes souberam com antecedência o que estava fadado a acontecer
se determinadas experiências continuassem a ser praticadas da forma
como estavam sendo feitas na Atlântida. Previram que tudo acabaria
numa tragédia inconcebível e sendo assim aquele grupo de pensadores
discordantes, dirigidos por Kan, sabendo que não dispunham de meios
para deter a insensatez de muitos, passaram a pregar que os que
quisessem sobresistir, e ao mesmo tempo salvar os conhecimentos
milenares daquela civilização, deveriam sem perda de tempo emigrar.

Foi a partir dos que compunham a hierarquia encimada por Kan que se
formaram as correntes migratórias que precederam ao afundamento do
Continente Atlanta. Kan no devido momento se fez presente no Egito
onde se iniciava a mais florescente "colônia" atlante. Ele foi, foi
por assim dizer, o fundador daquela grande civilização, e um dos que
primeiro dirigiu aquele povo.

Em decorrência disto o Egito foi no passado e ainda hoje também
conhecido pelo nome de TERRA DE KAN.

No Antigo Egito Kan assumiu o nome de Toth que mais tarde os gregos
associaram a um Deus do Olímpio chamado Hermes. Parte dos
ensinamentos de Toth estão com o nome de Hermes, conhecido também
pelo nome de Hermes Trismegisto, ou Mercúrio, o Mensageiro dos
deuses. Os ensinamentos de Toth, impropriamente chamado de Hermes,
estão expostos em muitos papiros, sendo os mais conhecidos deles
a "Tábua as Esmeraldas" e "Pistis Sóphia".

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Glastonbury ou Avalon?


Castelos e fortificações de pedra compõem boa parte da paisagem da Inglaterra rural. Em muitos deles, a passagem do Rei Arthur e de seus leais cavaleiros da Távola Redonda com seus feitos nobres deixou marcas, ajudando a construir suas histórias.
Mas é no sudoeste da Inglaterra, a 150 km de Londres, na cidadezinha de Glastonbury (um dos lugares mais sagrados da Inglaterra) que expedições arqueológicas encontraram não só vestígios de um Arthur em carne e osso como também do seu refúgio, a lendária Ilha de Avalon.
Para muitos respeitáveis estudiosos, porém, não há dúvidas de que a pacata e bucólica Glastonbury de hoje foi outrora a mítica Ilha de Avalon e atrai visitantes de todos os géneros: românticos fascinados pela história do rei Arthur, peregrinos à procura da herança da antiga religião, místicos em busca do Santo Graal, em busca da energia que emana de Stonehenge que era ligada ao antigo rio Avalon, ainda quando Glastonbury era rodeada por pântanos, enquanto; os astrólogos são seduzidos pela existência de um zodíaco na paisagem, chamado Templo das Estrelas de Glastonbury por Katherine Maltwood. Pesquisas arqueológicas atestam que os campos de Glastonbury há milhares de anos, foram pântanos drenados, ou seja, a cidade já foi uma ilha, o que reforça sua proximidade com as lendas de Avalon também chamada de "Ynis Vitrin" ou Ilha de Vidro. O nome Avalon tem origem no semi-deus celta Avalloc. Os Celtas a consideravam uma passagem para outro nível de existência. Segundo pesquisadores, Avalon ainda pertencia ao mundo, a comunidade de lá convivia pacificamente com os cristãos, que ali chegaram pedindo abrigo. Foram acolhidos com a condição de que não interferissem nos cultos e nas tradições antigas. Diz-se que padre José de Arimatéia levou o cálice Graal contendo o sangue de Jesus para a ilha de Avalon (Glastonbury com seus pântanos actualmente drenados).
Em Avalon havia suas deusas e deuses, vivia em harmonia com a natureza, ao seu ritmo, seguindo as mudanças das estações do ano, os ciclos da lua com seus antigos rituais. Viviam lá as Sacerdotisas da Lua e aprendizes dos mistérios e forças da natureza, conheciam a magia, as ervas para curar, os segredos do céu e das estrelas e a música principalmente...Em Avalon onde tudo florescia era iluminada pelo sol.
Entretanto, com o passar do tempo, os padres (não José de Arimatéia, que se “dizia”, teria uma concepção contrária de outros padres) começaram a ver os cultos pagãos como profanos, dizendo que em seus rituais o demónio era adorado, condenando-os. Muitas comunidades pagãs foram destruídas, e a partir de 391, com a consolidação do cristianismo como religião oficial do Império Romano, as perseguições tornaram-se maiores e os cultos pagãos foram totalmente proibidos.
Avalon é uma ilha sagrada. Há muitas eras, pertencia ao mundo, mas hoje, está entre a Terra e o Reino Encantado, cercado pelas brumas que encobrem a ilha e a separa do mundo dos homens.
Inúmeros sítios místicos da Bretanha envolvem uma história particularmente rica e variada, figurando em cultura druida, cristãos, cultos celtas, no ciclo arturiano e na espiritualidade da Nova Era. No entanto, mesmo as associações mais antigas são relativamente novas, se comparadas com os primórdios dos marcos sagrados. Há 6 mil anos ou mais, alguns desses sítios constituíam o solo sagrado de um povo mais remoto – os adoradores neolíticos da Deusa-Mãe.
A Deusa, uma divindade da mãe-terra reverenciada pelas sociedades primitivas em muitas partes do mundo, aparentemente teve seus seguidores na Inglaterra. Em Silbury Hill há uma enorme colina perto de Stonehenge, que teria representado o ventre da deusa grávida. Para erguê-la, seus construtores teriam feito um esforço prodigioso, arrastando cerca de 36 milhões de cestas cheias de terra, durante 15 anos. A pedra-ovo, considerada símbolo da poderosa mãe cósmica pode possuir uma energia própria: Dowsers afirma que ela emite fortes vibrações. Com quase 40 metros de altura, uma estrutura artificial pré-histórica que alguns historiadores acreditam que ela representasse um olho, um símbolo usual da deusa-mãe. O morro em si seria a íris e o círculo em seu topo, a pupila.
A 1,50 quilômetro a leste de Glastonbury, ergue-se a mais de 150 metros de altitude outra colossal gravidez da terra, o Tor, um cone extraordinário, visível de todas as direcções em um raio de mais de 30 quilômetros.
Ao redor de suas encostas os terraços construídos pelos homens formam um imenso labirinto que se enrosca até o corpo. Alguns pesquisadores acreditam que esses caminhos tortuosos foram projetados para a prática de rituais pagãos, na pré-história. O Tor é coroado pela torre em ruínas de uma igreja dedicada a São Miguel, um célebre caçador de dragões e inimigo dos espíritos do mal.
Os monges medievais erigiram a igreja com o intuito de cristianizar o local e erradicar seus vínculos com reis e deuses pagãos.
Segundo uma lenda celta, a entrada para Annwn, a morada subterrânea das fadas, pode ser encontrada através de túneis e câmaras naturais localizadas debaixo do Tor. Seria através desse portal que Gwynn ap Nudd, rei das fadas, teria partido em caçadas selvagens para encontrar e roubar os espíritos dos mortos.
O Tor de Glastonbury é inconfundível numa vista aérea. Sobressai de tal maneira na paisagem, que induziu à hipótese de ter servido como referência para a aterrissagem de discos voadores. “Tor” em celta significa Portal, passagem; estaria ali o umbral que permite a passagem do nosso mundo para a ilha sagrada de Avalon.
Uma tradição milenar relata também que está em Glastonbury (antiga Ilha de Avalon) o Poço do Cálice Sagrado (Chalice Well), onde José de Arimatéia, amigo e protetor de Cristo, no ano 37 d.C., teria escondido o Santo Graal, o cálice da Santa Ceia, contendo o sangue de Jesus. O poço fica nas proximidades da colina de Tor. É um lugar muito apreciado para meditação. De uma fonte, sai uma água pura e cristalina com propriedades medicinais. O sangue do cálice teria sacralizado e tingido a água pura do poço.
Esta é realmente vermelha. Segundo cientistas, devido ao alto teor de ferro no solo. Para os turistas e locais, beber as águas do "Chalice Well" é beber da própria fonte da juventude.
Enfim, Glastonbury é um berço sagrado que abriga muitos mistérios...

A arte da guerra, de Sun Tzu


A Arte da Guerra é um tratado militar escrito durante o século IV a.C. pelo estrategista conhecido como Sun Tzu.

Sun Tzu escreveu, em tiras de bambu, as palavras que compõem A Arte da Guerra. Neste clássico de 2.500 anos notamos a preocupação com estratégia e a inteligência estratégica. A primeira tradução para o Ocidente foi feita pelo jesuíta francês, Padre Amiot, em 1782. Segundo o tradutor, o livro foi usado por Napoleão, a quem ajudou a alcançar sucesso militar.

Na estratégia militar, segundo Sun Tzu, há cinco fatores constantes: Moral, Clima, Distâncias/Relêvo (logística), Método e Disciplina. O livro dá importância ao plano de guerra (planejamento estratégico) e, na guerra, ressalta a logística, o planejamento dos recursos e os custos advindos dos deslocamentos e do tempo de guerra:

Quando nos empenhamos numa guerra verdadeira, se a vitória custa a chegar, as armas dos soldados tornam-se pesadas e o entusiasmo deles enfraquece. Se sitiarmos uma cidade, gastaremos nossa força e se a campanha se prolongar, os recursos do Estado não serão iguais ao esforço. Nunca esqueça, quando as armas ficarem pesadas, seu entusiasmo diminuído, a força exaurida e seus fundos gastos, outro comandante aparecerá para tirar vantagem da sua penúria. Então, nenhum homem, por mais sábio, será capaz de evitar as conseqüências que advirão.

O pensamento estratégico advindo de A Arte da Guerra continua muito vivo no Oriente. Após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, Akio Morita, da Sony, sentenciou que o Japão se reergueria com a vitória na guerra comercial com os países ocidentais. Vinte anos após o Japão já figurava como segunda economia do mundo, com aplicação de estratégias comerciais radicais e uma revolução na produção de produtos bons, inovadores e baratos.

Um de seus estratagemas enfatiza a importância de conhecer o inimigo – Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você conhece a si mesmo, mas não o inimigo, para cada vitória conquistada, você também sofrerá uma derrota.

Desde 1772 existem edições européias (quatro traduções russas, uma alemã, cinco em inglês) apesar de insatisfatórias. A primeira edição ocidental com uma tradução fidedigna data de 1927.

Descrito como "um trabalho ponderado e compreensivo, pleno de capacidade de percepção e imaginação", o livro trata da necessidade de se guerrear pelo menos tempo possível, perdendo menos gente e conquistando pela inteligência. O autor acreditava que um estrategista hábil poderia "submeter o adversário sem o confrontar, tomar-lhe as cidades sem as cercar e derrubar-lhe o Estado sem se ensoparem espadas em sangue". Buscava a conquista da coisa intacta, ou o máximo possível intacta - abominava a destruição desnecessária, o dispêndio de energia à toa, a perda de vidas necessárias à agricultura.

Com seu caráter sentencioso, Sun Tzu forja a figura de um general cujas qualidades são o segredo, a dissimulação e a surpresa. Hoje, o livro parece destinado a secundar outra guerra: a das empresas no mundo dos negócios. Assim, o livro migrou das estantes dos estrategistas para as do economista e do administrador.

Embora as táticas bélicas tenham mudado desde a época de Sun Tzu, esse tratado teria influenciado, segundo a Enciclopédia Britânica, certos estrategistas modernos como Mao Tsé-Tung, em sua luta contra os japoneses e os chineses nacionalistas.