Krak dos Cavaleiros

sábado, 9 de outubro de 2010

O local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação,CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside
NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.
Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em
vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (Gál. 4:6).

Compreendemos, então, que o Espírito Santo
(Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho
Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.
Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a
nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto
que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus
Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2.ª Cor.3:2-3).

Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.
Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos
ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO
CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os
santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a
longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR
DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (Ef. 3:17).

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo
então a amplitude da localização universal do Cristo.
Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que
CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que
fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira,
no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado
em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO;

 e a segunda, logo a seguir,no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos

E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".
Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.
Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS
CORAÇÕES" (2.ª Cor. 1:22).

Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito,
informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à
unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de
Cristo" (Ef. 4:13).

Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que
Cristo SE FORME dentro de vós" (Gál. 4:19


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos,
porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de
Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está
grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim
de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo".

Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1.3.1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1.087) asseverou:
"Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade
com o Filho de Deus ... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome
de cristos, isto é, de ungidos".

Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías
koinônoí physeôs) (2.ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2.ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem
em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1.ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.
Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía)
ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar
uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela
participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO
(enousthai)..

Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: .os místicos devem não apenas
aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).
Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em
sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado
a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo
teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem,
dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. Lev. 19:18; Deut. 6:5;
Mat. 22:37; Marc. 12:13; Luc. 10:27).

A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas),
embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista
e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos
que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.
CRISTO, o Filho (UNO com o Pai)também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;

Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS.
constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em
nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade.
Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2.ª Cor. 13:5).
E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina
Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l.ª Cor. 12:27).
Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM
CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (Col.
3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem
de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso,
bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (Col. 3:9-11).
A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em
Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são
vivificados" (1.ª Cor. 15:22).

A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova
do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso
DENTRO DE VÓS" (2.ª Cor. 13:3).
E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE
VIVE EM MIM" (Gál. 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l.ª Cor.
2:16).

Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que
vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo
de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela?
Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere
a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1.ª Cor. 6:15-17).

Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade.
Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM
CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita
DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO
DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição.

 Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou
Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS"
(Rom. 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos
filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (Rom. 8:16).
Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós
as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso
corpo" (Rom. 8:23).

Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;

Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;

A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em
Luc. (17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas também a mesma idéia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A)
garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recorde-
se o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS"
(João, 1:14).

Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo
habita dentro de vós" (1.ª Cor. 3:16).
E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai
e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1.ª Cor. 6:19-20).

Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há
muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas
essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS
en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1.ª Cor. 12:6, 11, 13).

Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual também vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (Ef. 2:19-22).

Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza
estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1.ª Tess.
4:8).E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo
que habita DENTRO DE NÓS" (2.ª Tim. 1:14). (20)

João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer
á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos
que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1.ª Jo. 4:12-13).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DILMA:Terrorismo Nunca Mais!

Terrorismo Nunca Mais!

Comando de Libertação Nacional


O Comando de Libertação Nacional (COLINA), também denominado Comandos, foi uma organização brasileira de extrema esquerda que tinha como objetivo a instalação de um regime totalitário de inspiração soviética no Brasil. Originado em 1967, em Minas Gerais, a partir da fusão de outra organização chamada POLOP, com alguns militares esquerdistas, abraçou as idéias defendidas pela OLAS, executando, desde 1968, ações armadas para levantamento de recursos para guerrilha no campo.


A partir de 1969, quando teve vários de seus militantes presos, deu origem à VAR-Palmares com o apoio de ex-membros da VPR .
O Colina ficou conhecido por se envolver em uma atrapalhada tentativa de "justiçamento" do capitão boliviano Gary Prado, divulgado como o oficial que teria capturado e executado Che Guevara na Bolívia.
Em 1 de julho de 1968, João Lucas Alves, Severino Viana Colon, José Roberto Monteiro e Amílcar Baiardi assassinaram a tiros um oficial no bairro da Gávea, acreditando ser o oficial boliviano, quando na verdade se tratava de um major do Exército alemão.[1] Diante do equívoco, o Colina não assumiu a autoria do atentado.
Já em novembro daquele ano, João Lucas foi preso e torturado até a morte. Três meses mais tarde, foi a vez de Severino, que foi encontrado morto em sua cela sob alegação de suicídio.
Em janeiro de 1969, a polícia civil de Minas Gerais empreender uma busca em uma "aparelho" da organização travou um forte tiroteio com os militantes que ocasionou na morte de dois policiais civis, e desbaratando o grupo e prendendo suas lideranças. Um dos seus dirigentes, Murilo Pezzuti, foi preso-cobaia em aulas de tortura na Vila Militar do Rio de Janeiro no mesmo ano.[2]


 
O terrorismo é um câncer, uma síndrome difícil de ser curada pela sociedade, visto que o combate aos pendores do mal exige muita persistência, altivez, heroísmo e o uso da força. Muito se tem falado em terroristas, traficantes, guerrilheiros, todos eles têm o sei “Modus Operandi” distintos, com algumas variações, que dependem exclusivamente de quem está à frente desses perniciosos grupos ou facções.
 A palavra terrorismo tem como sinonímia o modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror. Forma de ação política que combate o poder estabelecido mediante o emprego da violência. O tráfico também tem um significado forte e destruidor. Sendo o comércio, o negócio, o tráfego das mais variadas formas. Negócio indecoroso.
OBS:  Dilma, ministra da Casa Civil do governo do presidente Lula e pretensa candidata a presidente da República do Brasil em 2010”.“Ela teve amnésia e não se lembra dos assaltos a banco, dos sequestros, assassinatos, delação de colegas e tudo o mais que fez”. “Só se lembra que foi torturada”. “Afirma que é do seu conhecimento e que tem detalhes de quem foram os que a prenderam e a maltrataram, mas não sabe o porquê”. Foi por isso, Dona Dilma, a senhora e seus comparsas queriam implantar o regime de Cuba no Brasil e estes que estão aí, mortos pelo seu bando, foram alguns dos obstáculos que impediram que alcançasse o seu objetivo de implantar uma verdadeira ditadura.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Origem esotérica do bobo da corte


 



Quem já não assistiu a algum filme ou desenho animado mostrando aquele personagem engraçado, vestindo roupa nas cores vermelha e azul, com três sininhos na cabeça? Quem não o identificaria como o bobo da corte? Este personagem foi muito ativo nas cortes europeias medievais. Fazia a nobreza rir, divertir-se durante os banquetes. Contava piadas, fazia mímicas, imitações, tudo para entreter o nobre público.
Porém, há algo de esotérico nesse personagem bizarro? Qual sua origem, em que se baseiam suas traquinagens? Há algo de esotérico, de simbólico nele? A sabedoria gnóstica explica isso maravilhosamente.
O bobo da corte tem uma origem dentro da sabedoria súfi. Os mestres súfis, ao acompanhar os movimentos islâmicos na Ibéria e também nas épocas conturbadas das Cruzadas, trouxeram várias tradições esotéricas que se incorporaram ao folclore europeu.
Vemos por exemplo as danças rodopiantes na Escócia, as Valsas, a tradição dos Trovadores (palavra que significa Buscador, ou seja, aqueles que ensinavam a Sabedoria Superior por meio da música e dos contos-de-fada de feudo em feudo, de castelo em castelo), e também o bobo da corte.
O bobo da corte – representado no baralho como o Curinga, o que pode alterar o jogo radicalmente – tinha como função imitar as atitudes e os gestos (corporais, faciais etc.) de todos, contava histórias que não tinham “nem pé nem cabeça”, porém seu significado oculto era sempre o de fazer com que todos refletissem. Refletir sobre o quê? Sobre a incongruência, a subjetividade, do ser humano.
Suas atitudes dúbias, conflitivas, que numa hora o levam a uma direção, noutra o conduzem a uma direção totalmente diferente, muitas vezes até em sentido contrário. Essa é a finalidade essencial, primitiva, dos Ensinamentos do bobo da corte. Levar uma sabedoria psicológica por meio do riso, das alegorias subjetivas, das pantomimas, do hilário.
Que tal despertarmos nosso bobo da corte interior? Ou seja, despertar aquela faculdade da Consciência que vigia as manifestações do Ego? Que não permite que desenvolvamos o defeito da auto-importância, da auto-consideração, do amor-próprio??? Claro, sem perdermos o sentido cósmico do autorrespeito!
O bobo é um personagem comum e recorrente, por exemplo, nas peças de William Shakespeare. Geralmente, o Bobo shakespeariano é um personagem aparentemente ingênuo e inconsequente, de língua afiada, que serve para insultar e fazer comentários ásperos e irônicos sobre as atitudes e posturas dos demais personagens. Na maioria das peças em que aparece, esse personagem mantém-se à margem da trama, falando diretamente à plateia.
O bobo da corte era uma figura real comum na época de Shakespeare. A rainha Elizabeth, por exemplo, costumava mantê-los em sua corte. Usado tanto nas comédias quanto nas tragédias, os bobos mais relevantes de Shakespeare são o da corte do Rei Lear (que funciona como um alter-ego, um espelho, do próprio Lear), o bobo profissional de Timão de Atenas (em torno do qual se desenvolve uma espécie de subtrama).
Muitas pessoas, a maioria de nós infelizmente, ri dos bobos da corte, sem compreender que estão rindo de si mesmas. As situações ridículas e incongruentes são delas mesmas. E o bobo da corte queria, na verdade, que esse público compreendesse que nós é que somos os bobos, que nossa vida é cheia de esquisitices, de multiplicidades psicológicas, de diabruras mentais, de conflitos. Se essa situação não fosse lamentável, deveríamos rir de nós mesmos.
Vemos essa mesma situação de ensinamento esotérico, psicológico, nas obras do grande mestre William Shakespeare. Suas peças são de fundo didático. Ali vemos os conflitos, as desgraças, os desequilíbrios, as fatalidades a que somos levados em nossas pobres vidas de gente inconsciente e hipnotizada. Assim como os bobos da corte, Shakespeare nos faz ver a nós mesmos em cada personagem de sua vasta e maravilhosa obra.
Ah, um lembrete: a palavra Shakespeare é uma corruptela de duas palavras iniciáticas do Sufismo: “Sheik” e “Pyr”, Mestre e Guia. Shakespeare é a encarnação do grande Mestre da Luz conhecido por todos como Conde de Saint Germain.
Um exemplo clássico da linguagem simbólica do auto-desprezo e da ridicularização do próprio Ego são os ensinamentos do grande mestre súfi Nasruddin. Há controvérsias sobre se ele realmente existiu ou não. Muitos pesquisadores dizem que ele foi na verdade um personagem criado para centralizar os ensinamentos psicológicos de muitos mestres súfis.
Mas, isso não importa. O que vale é que recomendamos ao leitor buscar os livros do mestre Nasruddin e beber dessa fonte límpida. Claro que muitas histórias não deixam de ser engraçadas. Vale a pena rir um pouco, vale a pena rir de nós mesmos. Em seguida, damos um exemplo de duas história contadas pelo mestre Nasruddin. Ria e reflita.
 
Coringa
Porém, o personagem mais pertubador não só do último filme de Batman, “O Cavaleiro das Trevas“, mas de toda a mitologia do herói é o vilão Coringa, estupendamente representado pelo falecido ator Heath Ledger. O Coringa representa tudo aquilo que não pode ser controlado, que não pode ser comprado, que não pode ser convencido. Ele é a personificação do mais puro caos, em sua pior forma: a destruição, seja ela de idéias, sonhos, ou apenas construções materiais. Ele não tem motivos racionais, não busca fama, não busca poder, não busca dinheiro ou controle. Ele apenas quer ver o mundo pegar fogo. Ele quer provar que nada é como parece, e que não existe algo como “pessoas inocentes” ou “ideais puros”. A moralidade é uma máscara muito fácil de ser destruída. O Coringa não é apenas perigoso pela destruição e caos que pode proporcionar, mas pelo simples fato que ele ameaça tudo aquilo que Batman representa: justiça, esperança, compaixão. Ele é o único personagem que pode mostrar ao Batman àquilo que ele não quer encarar: o seu próprio lado sombrio e perigoso. É por isso que os dois personagens são tão parecidos. São inteligentes, bons no que fazem, e não há nada de lógico por trás de todos os seus esforços. Observe que Batman também não procura fama, dinheiro, poder ou controle. Ele também não pode ser convencido. É por isso que ambos são tão perigosos, no caso do herói, a sua periculosidade é apenas potencial.
É por isso que Batman é um personagem tão fascinante, e ao mesmo tempo tão comum, a ponto de ser realmente possível a existência de um herói como ele. O que o diferencia de seus inimigos é apenas um apego a um ideal mais elevado.
E não é assim em nossas vidas?

A GLÂNDULA PINEAL



A glândula Pineal por sua natureza é a mais surpreendente. Como está implícito em seu nome, é
um corpo cônico, em forma de pinha (Conarium pinealis, cone de pinha). É de cor avermelhada,
com mais ou menos 1,2 em de comprimento, isto é, pouco maior do que um grão de trigo. Está
situada na parte inferior do terceiro ventrículo do cérebro. Pesa cerca de O,13 gramas. Está
oculta na base do cérebro (ao qual se acha ligada por uma haste oca pineal) numa diminuta
cavidade atrás e acima do corpo pituitário. Está composta, em parte, de células nervosas, que
contêm um pigmento idêntico ao das células da retina que é uma expressão do nervo ótico, o
que sustenta o argumento em favor da antiga função de ter sido um olho. A parte inferior da
glândula aponta para trás. A secreção da glândula Pineal, chamada Pinealina, age como restritor
em todas as glândulas de secreção interna. Sua atividade moderadora sobre as outras glândulas
endócrinas, dá à criança, durante os dois primeiros anos de existência, condições para
crescimento. Durante esse período a criança quadruplica seu peso de nascimento. A Pineal age
como uma espécie de supervisora em relação a outras glândulas.
Os anatomistas do século 19, não acreditando em qualquer finalidade da glândula Pinea4
admitiam que fosse vestígio de alguma estrutura outrora importante. Durante longos tempos,
realmente, até há poucas décadas, não havendo nenhum conhecimento de nenhuma função,
não se lhe admitia nenhum papel. Todos repeliam a idéia de que fosse uma glândula endócrina.
Observações posteriores relacionaram a pineal à função muscular. Há uma doença deformadora
dos músculos conhecida como "distrofia progressiva", cuja causa vem sendo um mistério
insolúvel para a classe médica. Mas estudos realizados por meio de Raios X, mostraram que,
nessa doença, a Pineal se apresenta com calcificações, isto é, incrustada de sais de cálcio, o
que significa que no caso da glândula enfraquecer ou deixar de funcionar, os músculos não
recebem a quantidade necessária de nutrição.
Mais tarde, descobriu-se que a Pineal regula a cor da pele, fazendo variar o grau de reação aos
raios luminosos, isto é, controla a ação da luz sobre o pigmento da pele. É a luz interna que
reflete a luz externa.
A Pineal também contribui para o desenvolvimento normal físico e mental das células cerebrais e
das células dos órgãos de reprodução. o abundante suprimento de sangue que a Pineal recebe
indica mais o índice de seu funcionamento ativo do que apenas a sua presença como vestígio de
um órgão que durante a evolução perdeu seu uso original.
Resumindo, a secreção da pineal:
1 - evita, na criança, o desenvolvimento sexual prematuro, promovendo uma puberdade normal;
2 - favorece a atividade da força criadora, que tende a desenvolver normalmente tanto o cérebro
como os órgãos de reprodução;
3 - dá vigor e tonaliza os músculos;
4 - influi sobre o corpo variando o grau de reação aos raios de luz, isto é, controla a sensibilidade
da cor à luz;
5 - influi no pigmento da pele provocando sua transparência devido à contração das células
pigmentadas.
TIPO DE PERSONALIDADE PINEAL
Geralmente falando, a glândula Pineal é masculina, mas algumas mulheres estão sob sua
regência, como veremos quando fizermos o estudo das atividades espirituais desse órgão.
O tipo pineal espiritual típico é alto, é bem modelado. Ombros largos, o corpo afinando
gradualmente para os pés. A testa é alta e grande, as sobrancelhas são quase retas, mas bem
conformadas. Os olhos, grandes, expressivos, bem abertos, são comumente azuis escuros, e,
não obstante a cor, emitem um clarão de fogo divino. O nariz é quase o de perfil grego. Os
lábios, meio carnudos, têm ligeira curvatura. o queixo é bem formado, bastante proeminente,
mostra real força de caráter, o que harmoniza bem com outros aspectos. O pescoço é médio,
sobre ombros fortes e bem modelados. O cabelo, em geral castanho claro, é abundante e possui
brilho acentuado. Como um todo, o rosto é varonil com algo de encanto feminino.
O artista Rafael foi um perfeito exemplo do tipo pineal espiritualmente desenvolvido. Era tão
grande sua beleza, diz-se, com um quase imperceptível traço feminino, que, ao passar pelas
ruas, os que o viam paravam para admirá-lo. Em pessoa era tão bonito como um anjo. Sua
disposição era amável, bondosa doce e gentil. Nos modos e na palestra era encantador. Foi
célebre pela nobreza e generosidade de sua natureza.
O nome deste homem invulgar ainda permanece o maior na arte da pintura.

No seu quadro "A
Transfiguração", os olhares discernidores descobrem o mistério da sua grandeza. Esta ai,
plenamente revelado, seu conhecimento e seu contato direto com os reinos sobrenaturais. Esse
quadro maravilhoso, cuja beleza deve ser não só vista mas sentida, é para o pintor o "canto do
cisne" de Rafael. Ele o pintou enquanto morria. Ao observarmos esse maravilhoso quadro,
ficamos maravilhados e pensando que talvez ele tenha pintado aquele belo, feliz e compassivo
rosto de Cristo exatamente da maneira como o estava vendo, no Éter, aguardando para levar ao
paraíso o Espírito desse nobre homem que tanto fez pela glória do Cristianismo, quer pelas
felizes e não ultrapassadas telas que pintou, quer pela vida nobre e altruísta que levou.

O DESENVOLVIMENTO DO HOMEM


"Quando vejo os teus céus, a obra dos teus dedos e a Lua e as estrelas que preparastes;
"Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?"
Salmo, - 8,4
Antes de iniciarmos estas lições sobre as glândulas de secreção interna, será bom revermos
rapidamente a origem e a constituição do homem.
Nunca houve nem há nada no Universo além de espírito puro. Porém, existem duas formas ou
pólos do Espírito: um positivo, ativo, dirigente e o outro negativo, passivo, receptor, assimilador.
Essa substância-espírito, com seus dois pólos positivo e negativo trabalhando em conjunto, é
tudo e produziu tudo que há, desde a terra até Deus. Toda a criação está em modificação
constante e tem por meta a perfeição. O pólo positivo do Espírito manifesta-se como energia, o
negativo age como condutor daquela e os dois produzem a vida e a forma. A forma é produto do
Espírito e traduz a sua mais baixa vibração. Ambos, forma e espírito, evoluem lado a lado.
Deus, o criador do nosso Sistema Solar, tem em Si três grandes poderes dinâmicos que, por falta
de melhor nome, designamos como: Vontade, AmorSabedoria e Atividade. Quando pôs em ação
essas forças e as ordenou, Deus criou nosso Sistema Solar e tudo que nele contém.
O fim último a ser atingido pela Suas criaturas é a reintegração na Divindade. Cada indivíduo
trazido à existência por este poderoso Ser, tem, em si potencialmente, todos os poderes do seu
Criador, inclusive a Epigênese, o poder do Espírito para fazer algo inteiramente novo. O trabalho
de cada um consiste em expandir essas potencialidades em forças dinâmicas como as do nosso
Grande Progenitor. No homem falamos dessas potencialidades como Espírito Divino, Espírito de
Vida e Espírito Humano, o que não significa que o indivíduo tenha três espíritos, mas que o
homem como puro espírito tem em si três grandes poderes-espírito.
Esses poderes latentes podem ser desenvolvidos por duas maneiras: por meio dos seus próprios
esforços e pelo auxílio dos outros, principalmente daqueles Grandes Seres que estão além do
homem no caminho da evolução.
Tal como é necessário alimento para manter e desenvolver o corpo físico, também é preciso
alimentar os corpos vital e de desejos. o corpo vital toma seu alimento diretamente do Sol: pelo
Baço etérico de cada indivíduo é normalmente atraída tanta força vital do Sol quanta seja
necessária. No mundo de Desejos há uma essência correspondente ao fluido vital que sustém o
corpo vital; desse elixir de vida o corpo de desejos satura-se enquanto o corpo denso dorme.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CIÊNCIA HERMETICA


Existe também o que se conhece por filosofia hermética ou hermetismo. Deveríamos conhecer algo a seu respeito para nos orientarmos ainda mais em nossos estudos místicos. O hermetismo é freqüentemente confundido com métodos e práticas destinados a despertar talentos ou poderes latentes que o homem possui, o que naturalmente, é ocultismo. Assim, para muitos, o ocultismo e o hermetismo são idênticos, o que não é verdade. Hermetismo, em geral, significa aquela sabedoria, aquela gnose, que é atribuída a um personagem conhecido como Hermes Trismegisto. Mas a filosofia hermética hoje em dia é eclética. Ela tomou emprestado e incorporou antigas doutrinas, o neoplatonismo, o estoicismo, o gnosticismo e elementos do cristianismo, várias das quais nunca tiveram qualquer lugar no hermetismo original.
Alguns dizem que jamais houve um personagem chamado Hermes Trismegisto; outros afirmam que ele viveu antes de Platão, antes dos Sete Sábios — um dos quais era Tales — e mesmo antes de Moisés. Contudo, Hermes é o nome que os gregos atribuíam ao deus egípcio ou personagem lendário conhecido como Tote. O título Trismegisto, em grego, significa Três Vezes Grande, ou o Grande Grande Grande. Inscrito na Pedra de Roseta, em língua demótica, está o nome de Tote — a quem os gregos chamavam Hermes — e a afirmação de que ele era o Grande Grande Grande. Os egípcios o caracterizavam como uma figura humana com a cabeça de um íbis, um pássaro.egípcio que costumava, e ainda costuma, chapinhar nos pântanos ao longo de Nilo.
Os gregos, em seus textos antigos, diziam que Tote, chamado Hermes, era a fonte principal de toda sabedoria, uma espécie de fonte do conhecimento. Eles o chamavam de Pai da Filosofia. Os egípcios, em seus textos antigos, referiam-se a Tote como o senhor dos livros e diziam ser ele o inventor da ciência dos números — isto é, da matemática — e que ensinara os homens a falar e, além disso, lhes ensinara a escrita demótica. A mais antiga escrita egípcia era o hieróglifo, ou escrita sagrada, feita por meio de imagens, e diz-se que Tote ensinou a escrita demótica, semelhante à da maneira como agora escrevemos, a fim de que o homem dispusesse de muitos signos para referir-se a coisas diversas. Atualmente, muitos são os relatos literários atribuídos ao hermetismo. Existem citações declarando que ele, Hermes, ou Tote, foi o autor de milhares de obras, enquanto fontes fidedignas afirmam que ele escreveu quarenta e dois livros e que estes tinham seis partes: uma sobre astronomia, outra sobre a ciência da escrita, ainda outra sobre religião etc.
Mâneto, o grande historiador egípcio do século III a.C., cujas obras vêm sendo, desde então, traduzidas, por algum tempo, na Antigüidade, foi considerado personagem lendário, mas, mui significativamente era conhecido como a Verdade de Tote, o que, na qualidade de Primeiro Sacerdote de Tote, simbolizava ser ele professor da sabedoria daquele grande personagem. Nos escritos de Mâneto, verificamos que ele recebera ordens de Ptolemeu Filadelfo (Ptolemeu II), que dirigia a grande escola de saber e a biblioteca da antiga Alexandria, no sentido de recolher, para aquela biblioteca, a vasta sabedoria dos antigos egípcios. Mâneto apresentou a Filadelfo os livros sagrados de Tote, um dos quais é conhecido como O Pastor do Homem, sendo interessante notar-se que uma frase daquele livro antecipa uma afirmação do Livro do Gênese, isto é, que Deus criou o homem à Sua semelhança.
Nos registros inscritos nos monumentos de pedra do Egito, nos túmulos e templos, encontramos muitas referências a Hermes, ou Tote, como o chamavam, e diz-se que a sede principal da escola de Tote, onde sua sabedoria era transmitida, ficava em Khemennu, que os gregos mais tarde chamariam de Hermópolis, ou Cidade de Hermes. Diz-se que essa escola se situava num lugar em terra alta onde Ra, o sol, primeiro tocava, ao nascer, no Leste. Naturalmente, o fato é alegórico porque esses registros dizem ainda que a escola era um local de iniciação para os candidatos à escola do mistério. Durante a iniciação, os candidatos subiam a montanha da sua natureza interior, sua consciência interior, e quando chegavam ao topo, o sol espiritual os tocava. Em outras palavras, quando alcançavam no seu íntimo um estado de Consciência Cósmica, eram, então, banhados em iluminação ou compreensão espiritual.
A história profana ou geral, em todas as suas pesquisas, não consegue apresentar nenhuma razão para Tote e Hermes serem chamados de Três Vezes Ilustre ou Três Vezes Grande. Os registros rosacruzes, que são uma continuação e perpetuação daquele conhecimento transmitido para a Ordem do Velho Mundo, dizem-nos que houve realmente um personagem chamado Hermes ou Tote. Ele não era um deus, mas um grande sábio, e nasceu em Tebas, a antiga capital do Egito, em 1339 a.C., alcançando uma idade provecta. Recebeu o título de Três Vezes Ilustre porque participou da organização da grande escola de mistério, teve a experiência de ver o ilustre Amenhotep IV iniciado como o Grande Grande Mestre e, ainda, teve a experiência de ver o trabalho perpetuado, ajudando-o na iniciação do sucessor de Amenhotep IV.
Muitas pessoas usam erroneamente metafísica como um termo genérico para tudo abranger, para incluir vários assuntos que deveriam ser classificados como ocultismo, esoterismo, hermetismo, ou algum outro ramo do conhecimento. É bom que saibamos a verdadeira natureza da metafísica. O termo foi originalmente cunhado ou inventado por Aristóteles. Essa grande mente enciclopédica percebeu que era necessário classificar os ramos do conhecimento humano de modo que pudessem ser estudados mais facilmente; dedicou-se à sua realização e por isso a Humanidade lhe deveria ser eternamente grata. Deu vários nomes a esses diferentes conhecimentos, muitos dos quais ainda hoje usamos, como psicologia e a palavra física, que na época incluía toda a ciência material. Chegou mesmo a inventar um método de raciocínio formal para ajudar a compreensão dos fatos. A isto deu o nome de lógica, nome que ainda usamos para o método. À metafísica, Aristóteles deu o significado: literalmente o que está além do físico, em contraposição à classificação do conhecimento material a que chamou de física.
Entretanto, na Antigüidade, e hoje em dia, metafísica refere-se às primeiras causas, aos primórdios primários das causas. Agora, as causas pelas quais a metafísica se interessa não são pragmáticas. Elas não são causas materiais ou mecânicas, tais como a ciência investiga ao examinar um fenômeno físico; são, antes, causas racionais, concebidas pela mente, em seu processo de raciocínio. A metafísica é um conhecimento a priori. É um conhecimento que, partindo do geral, procura explicar o particular. É um conhecimento que começa na mente e não fora dela; é um produto do raciocínio ou da abstração pura.