Krak dos Cavaleiros

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

AS TEMPLÁRIAS – SUA EXISTÊNCIA

Está confirmado ter havido em França, ao longo de certo período, diversos Mosteiros de Freiras Templárias. Devemos salientar que isto ocorria na Idade Média, pelo que se pode concluir, não se tratar de guerreiras, mas sim e unicamente de monjas. Sabemos ter existido um mosteiro em “ La Combe-aux-Nonnains”, na Borgonha, dependendo da Comendadoria de Épailly, assim como há notícia referente à existência de Irmãs Templárias em Lyon, Ther, Metz e Arville.Contrariando a preconceituosa sociedade medieval, os Cavaleiros Templários não deixaram de pôr em prática algo que sempre os animou, o espírito de abertura e de tolerância, ao ponto de aceitarem ao seu serviço todos aqueles que, comungando o espírito templário, não podiam ou não desejavam fazer votos monásticos pelo que chegaram até a ter ao ser serviço muitos muçulmanos, tanto na Europa como na Terra Santa, sem quaisquer preconceitos.A História comprova a aceitação de senhoras na Ordem, que assim tiveram acesso a uma vida consagrada pela via iniciática, ao mesmo tempo que colaboravam na logística como elementos de retaguarda.Devemos adiantar que, em Tomar, há conhecimento de terem havido Templárias – já na recuada era de 1271 –, como escreve Frei Bernardo da Costa: – “uma Senhora fidalga, devota das Irmãs Templárias, lhes tenha feito doação das suas casas que tinha dentro da cerca do Castelo de Tomar, para que as tivessem para sempre “.Ainda a mesma fonte nos dá conhecimento de que “ com a data de 1290, há registo de uma importante doação de D. Mécia Peres, fidalga ilustríssima, que foi mulher do Cavaleiro Templário D. Estevão Pires Espinal, Comendador de Santarém. De notar que D. Mécia Peres era freira Templária, em Santa Maria do Castelo, dentro dos muros de Tomar“.Após o drama de Jacques de Molay, houve na Europa a vivência Templária na clandestinidade, ou sob outras denominações, desde o 24º Grão Mestre Frei Jean-Mac Larménius até ao 41º Grão Mestre Dom Frei Filipe de Orleães. Com este  Grão Mestre opera-se o “renascimento Templário” e surgem os actuais Estatutos pelos quais a Ordem se vem regendo, conjuntamente com a Regra de São Bernardo, a Carta de Transmissão  emitida pelo 24º Grão Mestre em 13 de Fevereiro de 1328 e, subscrita pelos Grãos Mestres seus sucessores, e ainda os Decretos Magistrais devidamente compilados e actualizados pelos Estatutos. A Ordem vê o seu maior desenvolvimento nos séculos XIX e XX e já no presente em que vivemos, ao mesmo tempo que elementos do sexo feminino continuam a ser admitidos, desempenhando elevados cargos.Conclui-se que as senhoras, como irmãs Templárias, têm já uma tradição que se pode remontar aos primeiros tempos após a fundação da Ordem.

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